Artigos

  

O Eufemismo das Palavras:

Um esconderijo por trás dos Discursos

Por Marcelo Alves Lima

          Não pense meu caro leitor, que as piores armas, são as metralhadoras, granadas e os pelotões de fuzilamento, pelo contrário, são as palavras, incluindo papel e caneta como arsenal. Isso lembra as declarações do poeta e escritor chileno Pablo Neruda quando sua casa fora invadida por militares sob ordens de Pinochet.

         Nos estudos didáticos, o Eufemismo constitui-se uma Figura de Linguagem, com a função de suavizar os discursos, como por exemplo: “Fulano morreu, Fulano foi aos céus.” Por que será que ainda a Igreja Medieval ainda tem muito poder no Mundo? A razão de seu poder está no fato de suas palavras estarem enraizadas nas mentes e corações da humanidade. Os séculos de tribuna foram determinantes para impor suas vontades a vida espiritual e a vida secular dos oprimidos.

        Em todo o planeta existem de fato milhares de cárceres do ponto de vista físico, mental e espiritual, o Fanatismo e a Alienação Ideológica são prisões de pessoas que infelizmente não puderam obter a chave dos questionamentos.

        Em 2001, os países festejaram a entrada do século XXI, no entanto, nem todos os países na prática vivenciaram este novo capítulo da humanidade, o 11 DE SETEMBRO foi uma tentativa de estabelecer um discurso pertencente ao século XX cobertos de ódio e vingança daquele velho Imperialismo Ianque, nas entranhas do presidente BUSH FILHO e que não demorou muito em estabelecer um discurso eufemístico para que os soldados fossem estimulados a lutar em nome da Democracia contra o Afeganistão e o Iraque, o que aponto como eufemístico é o fato do BUSH prometer um projeto de Democracia no Oriente Médio partindo destes dois países, porém, o mesmo escondia-se em suas palavras nas intenções de adquirir muito petróleo para abastecer o consumismo dos carrões americanos. Acontece também na Líbia pós KADAFFI em que a França, a Inglaterra e a Itália no discurso pró Democracia se escondem nas negociatas de como repartir o bolo das fortunas do petróleo e das fortunas da família KADAFFI.

      Na Bíblia Sagrada encontramos um episódio que se encaixa no tema do artigo, como por exemplo no livro de Matheus (Cap 23:13) que diz: “Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando.” Naquela época o discurso de Cristo denunciava os discursos dos Fariseus e Escribas as quais determinavam o cumprimento da lei, mas que por trás destes mesmos representantes, escondiam os piores sentimentos de um assassino prestes a tentar matar aquele que simbolizava as boas novas de Deus.

     O Cristo na condição de grande oftalmologista espiritual enfrentou esta elite viciada pelo poder e trabalhou muito para que a catarata dos olhos dos marginalizados fossem eliminadas e os olhos ganhassem a luz do conhecimento, assim conforme foi analisado nas palavras de Cristo no livro de Lucas (Cap 10:24) “Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste ás criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve.”

     No Brasil a idéia do discurso eufemístico tem sido um instrumento para classificar atitudes repugnantes de acordo com a classe social. Vamos citar alguns exemplos que se destacaram na Imprensa: O caixa dois do Mensalão foi chamado pelos políticos de Recursos não contabilizados, quando uma pessoa rouba algo, é ladrão, quando uma celebridade da mídia rouba, é chamado de cleptomaníaco, aqueles que roubam os bancos são marginais e aqueles que roubam os cofres públicos são chamados corruptos, o eufemismo dos juristas mudam o verbo roubar dos políticos para subtração de recursos.

    Portanto, meu caro leitor, ao analisar estes exemplos, vacine-se contra todo tipo de discursos eufemísticos, seja uma mente pensante e não mente pensada, tenha a coragem de questionar qualquer assunto, sua arma de combate são suas idéias, até porque idéias são combatidas com idéias, o 11 de setembro mostrou o que Fanatismo levado as últimas conseqüências provoca, não faça tapete vermelho para ninguém, seja autêntico, só quem pode ser soberano é Deus na pessoa de Jesus Cristo, fora ele, não há Deus.

   Aos detentores do microfone, Jesus Cristo ordena que não se escondam em seus discursos, sejam autênticos e corajosos nas tomadas de decisões espirituais.

 

Trânsito

Feridas abertas de uma Guerra

Por Marcelo Alves Lima

       Por que nós Sociedade, tratamos o homicídio como um crime hediondo e o atropelamento irresponsável apenas como acidente? Ambos não tiraram a vida de uma pessoa? Se formos filosofar este tipo de tema, teríamos que observar o motivo de tantas baixas num conflito, cujas trincheiras são os próprios carros, em que pedestres sobreviventes venceram as batalhas, no entanto há dúvidas se realmente irão vencer a Guerra.

        Vivemos num sistema tido como “Civilizado”, mas, na prática temos diante de nossos olhos, uma selva de concreto, em que seres humanos são primatas da modernidade. O que fazer para que os motoristas levantem a bandeira branca da paz?

        Meu caro leitor, ao ler a pergunta inicial deste artigo, você conseguiu uma resposta satisfatória para a sua consciência? Este é um debate mais do que jurídico, ela por si só denuncia uma crise de princípios, éticos, morais e cristãos.

        Ao longo de séculos, o AUTOMÓVEL, representa a ostentação de poder, fruto de muitas propagandas veiculadas na mídia. É óbvio que a intenção do debate não é estigmatizar o carro em si, até porque é um bem necessário no auxílio de tantas atividades, pois o objetivo de nossa conversa reflete-se na preocupação de que o balanço das vítimas de trânsito chega a números equivalentes a de uma guerra, e nós defensores da vida não podemos ficar omissos a estes fatos.

       O espelho de uma Sociedade individualista, capitalista e desumana revela-se na estrada. Ruas, avenidas e rodovias, são testemunhas de predadores de quatro rodas, de seis rodas e duas rodas, o sangue de tantos inocentes são esguichados nas calçadas todos dias e o Poder Judiciário desprovido de Justiça resume estes fatos como algo banal, pois está anestesiado pelo glamour de rodas.

      No livro de Matheus (Cap.22:39) diz: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Diante do trânsito, estamos nos comportando como cristãos? Você! Meu caro motorista cristão, está seguindo as orientações de Jesus? Ou apenas está prestando culto ao seu carro ao negar uma carona a um cristão carente? Nós exercitamos a paciência de Cristo, diante de um engarrafamento?

     Na janela de um automóvel, você vê no dia-a-dia, a história de muitas pessoas nas sarjetas de pomposas Avenidas com olhos e mãos atentos a um socorro de quem está encastelado em seus carros, outros, no entanto, nas rodovias do Brasil, assistem as facilidades da pedofilia, da prostituição e a miséria existente na beira das estradas.

     Portanto, ao viajar com seus carros, exerça o seu direito constitucional de ir e vir sem ferir o mesmo direito que também é garantida aos pedestres.Vamos em nome da vida que é Cristo pregar a PAZ no TRÂNSITO.

O Combate as Drogas:

O que fazer e como fazer?

Por Marcelo Alves Lima

       Desde os primórdios os povos dedicavam-se a buscar soluções práticas para se defenderem de doenças ou de situações hostis do próprio ambiente onde viviam, a matéria-prima era a biodiversidade, o conhecimento empírico era o monopólio dos líderes tribais. Nas grandes civilizações tínhamos os sábios que assessoravam os reis nas diversas áreas inclusive no combate a enfermidades. As folhas de coca até hoje fazem parte da cultura das nações andinas e que atualmente provoca muitas polêmicas pelo fato delas serem apontadas como exportadoras de drogas.

      O tema das drogas é naturalmente uma questão complexa por diversas razões, aos quais podemos separar em tópicos:

      O Conceito de Drogas: Segundo a definição da Organização Mundial da Saúde, OMS, de 1981: “Droga é qualquer substância que, não sendo produzida pelo organismo, tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas, produzindo alterações em seu funcionamento.” (Fonte: OBID, Mundo Jovem no/ Presidência da República). Dentro da observação geral, temos drogas legais e ilegais:

     Cigarros e bebidas alcoólicas são legais por força dos grandes lobbystas cuja rotina deles resume-se nas constantes viagens de jatinho até Brasília no intuito de pressionar o Governo Federal a deixar tudo como está. Porém nesta semana, uma parcela dos brasileiros não fumantes receberam uma notícia boa:” O Governo Federal decidiu aumentar os impostos sobre o Cigarro.”Mas por outro lado, temos o desafio das bebidas alcoólicas, sendo uma droga paparicada pela Mídia, deturpando a realidade dos fatos, como por exemplo: Em uma das propagandas, mostra um rapaz rodeado de mulheres só por causa de sua cerveja, a leitura que se faz, é que o homem possuidor de uma garrafa de cerveja tem o monopólio da sedução (garanhão).Na vida real, as namoradas e esposas não suportam o bafo dos homens bêbados e nem tampouco a violência que os mesmos praticam, então ao contrário do que pregam na Mídia, é uma grande manipulação.Um outro absurdo, é a propaganda associar esporte com bebida,como se fosse símbolo de sucesso dos profissionais do futebol, sendo que na vida real, um esportista alcoolizado, perde a noção de disciplina, perde a capacidade física de produzir boas jogadas, pelo fato de que a bebida envelhece rapidamente o esportista, essas propagandas não passam de deturpadoras da verdade.

   Cocaínas, Oxi, Crack, Maconha etc (Drogas Ilegais): Mais do que um problema de Saúde Pública, ela está na órbita dos desafios da Segurança Nacional e Global, pois o Crime Organizado é uma Multinacional do Pó e das barras, as quais possuem uma eficiência nas suas atividades de fazerem inveja a qualquer empresa.O Crime Organizado possuem uma Indústria (Laboratório de Refino),planejamento Logístico (Produção Manufatureira, Transporte e Distribuição). O RH deles está com uma demanda maior que a oferta, vai desde olheiros (vigilantes do território) até Gerentes de Boca (Traficantes), mas não para por aí, temos a diversificação do Crime, ao qual chamamos na linguagem policial de Clínica do Crime:O mesmo bandido que trafica drogas é o mesmo que seqüestra e rouba os bancos com o objetivo de abastecer o Crime Organizado com armas e dinheiro.Vamos lembrar que o traficante não é necessariamente um usuário, até porque ele mesmo sabe, que se o mesmo tornar-se usuário de drogas, não poderá arcar com os compromissos com o seu chefe e inevitavelmente pagará com a vida suas dívidas.

    O Usuário: É a vítima do tráfico que ao mesmo tempo vitimiza outras pessoas para manter o seu próprio vício, na sua prática é um criminoso, mas na essência é uma pessoa possuidora de uma doença físico-espiritual.As autoridades sabem o que fazer e como fazer, mas o que impede do projeto ser uma realidade é a falta de vontade política ou mesmo o medo de tais Lobbystas reagirem negativamente, pois a Insegurança Pública torna-se fonte de lucros milionários, a cada sequestro cometido num bairro, abre-se uma empresa de vidros blindados, a cada roubo cometido numa cidade, abrem-se empresas de segurança privada e a cada rebeliões cometidos nas cadeias, temos o Colarinho Branco ganhando fortunas com propinas e caixa dois para as próximas eleições para dizer sempre que terá a solução para a  Segurança Pública .

  O QUE DEVEMOS FAZER COMO IGREJA?

   Primeiramente ganhar as almas pelo método já conhecido (o IDE), porém não há um único método, podemos por meio do ORKUT, FACEBOOK, BLOG, etc evangelizar, incluindo também eventos musicais ao ar livre somados a uma série de palestras com temas da atualidade. A Igreja precisa também oferecer  aos jovens doentes (usuários e os sem teto) um conforto espiritual e social (Casas de Recuperação e de Ressocialização).

  Portanto nós evangélicos precisamos fazer a diferença, cobrar de nossos governantes uma parceria de socorro aos marginalizados.

            O CRISTÃO E O CONSUMISMO:

SE FOR COMPRAR, CONSUMA COM MODERAÇÃO

Por Marcelo Alves Lima

       Com base nas fontes acadêmicas, podemos fazer uma síntese do processo capitalista por meio das três fases econômicas:

       Capitalismo Mercantilista: Desde o período Renascentista, tínhamos uma busca desenfreada por especiarias e matéria-prima por parte dos europeus, porém existia um problema: o Mar Mediterrâneo estava sobre controle de tradicionais mercadores, entre eles os árabes, pelo fato de que se cobrava pedágio, por ser um caminho marítimo tradicional de integração entre o mundo Ocidental e o mundo Oriental.Por conta disso, houve a necessidade de investimentos em outras alternativas, dentre as alternativas: As Grandes Navegações, com o patrocínio das Monarquias da época, na prática ocorreram explorações de recursos naturais, uso de mão-de-obra escrava e guerras, expressões do próprio Capitalismo Selvagem.

      Capitalismo Industrial: Com o advento da Revolução Industrial na segunda metade do século XVIII na Inglaterra, temos na essência um abandono de modelo relacionado ao Mercantilismo.É evidente que a Inglaterra tornou-se o berço de uma  nova visão capitalista por conta do sucesso de acúmulo de divisas em metais preciosos adquiridos no período colonialista, suficientes para o investimento das primeiras fábricas e ao mesmo no incentivo de novas tecnologias.Antigos artesãos tornam-se operários nas imensas fábricas têxteis, nas mineradoras etc.

    Muitos desses operários trabalhavam dezoito horas por dia nas manufaturas, por mais que a escravidão tenha terminado oficialmente, porém na prática, havia exploração dessa massa.Mesmo com todo esse sucesso econômico, a Europa precisava de mais recursos naturais, assim iniciando uma nova etapa colonialista, expandindo o Império Britânico e o Império Francês nas suas novas aventuras exploratórias.

    A I e a II Guerra Mundial foi a síntese do fracasso de um modelo perverso: A sustentação da hegemonia européia por meio da exploração material e humana das nações oprimidas.

     Capitalismo Financeiro: A base de sua operação está nos bancos, por um lado, o porto seguro para quem deseja fazer uma poupança, por outro lado, um abismo sem tamanho para quem deseja adquirir cartões de crédito e empréstimos sem planejamento.

     O consumo de bens materiais é algo positivo para qualquer país, até porque movimenta toda uma cadeia econômica (cidadão compra-a loja vende-a indústria fabrica-resultado: emprego). Se o consumo é algo positivo, por que devemos ter cuidado com o verbo consumir? Vamos considerar que o consumo em si seja um remédio, cujo objetivo é o combate a recessão e o desemprego, no entanto, o perigo ronda na dosagem deste remédio: o consumismo compulsivo provoca uma cadeia econômica inversa (endividado dá o calote-loja não vende-indústria não fabrica-resultado: desemprego). A Economia debilitada entra em recessão, se porém a vítima é o TIO SAM, esta doença é muito contagiosa.

      O que nós cristãos temos a ver com este tema?Se olharmos para os ensinamentos no livro de Isaías (Cap 55:2) “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? e o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura.Hoje a humanidade ainda continua a cometer os mesmos erros, em um aspecto que tornou-se espaço de debates: Os especuladores - responsáveis por determinar quem realmente será ou não presidente de um país segundo o humor dos mercados financeiros, o preço dos alimentos que tanto a dona de casa reclama são fruto de especulações, quando o Governo brasileiro assistiu a queda de nove por cento na BOVESPA na semana passada, ali foi resultado de Capital Especulativo.No livro de Gênesis (Cap 3:19)  “No suor do teu rosto, comerás o teu pão”. No discurso do bispo e senador Marcelo Crivela, foi definido o conceito de especulador: “Ele explora o suor de muitos rostos”.

    Portanto, quem consome, exerce um ato de cidadania, no entanto quem dá calote e especula está contribuindo para uma catástrofe econômica, como que ocorreu nos Estados Unidos.

11 DE SETEMBRO

O Balanço dos dez anos do Terror

Por Marcelo Alves Lima

          Nesse ano serão completados dez anos do ataque ao World Trade Center,em que dois aviões transformavam-se em dois mísseis, assim gerando uma grande catástrofe.A percepção das pessoas foi de um episódio apocalíptico, os EUA que há décadas atrás era acostumada a levar suas tropas para as Guerras históricas (II GUERRA 1939-1945) e (GUERRA DO VIETNÃ 1959-1975), agora enfrentara uma realidade, a superpotência recebera um ataque militar em seu próprio território.

        O envolvimento bélico está presente na humanidade desde os primórdios.O Velho Testamento destaca os grandes homens de guerra:Sansão e Davi, eram constantes batalhas e milhares de mortes, para os padrões de hoje, uma barbárie de chocar qualquer um, que para as pessoas do passado era rotina, apesar de que existam atualmente no Oriente Médio e na África estas situações semelhantes.

       Como herança das batalhas davídicas e também das Cruzadas, o povo cristão aos poucos foi adotando uma linguagem belicosa, em especial os evangélicos, quando falamos de batalhas espirituais, principados e potestades,ficou tão na moda que tornaram-se letras de músicas e jargão de pregadores, obviamente que não trata-se de uma crítica, e sim uma análise de como adquirimos essa bagagem cultural.

       O conceito de GUERRA é basicamente um sistema de redistribuição internacional de mercado. As lutas dos hebreus em defesa de Canaã está no fato de que esta terra representava um local estratégico onde dava-se o controle sobre a entrada e saída de caravanas e ao mesmo tempo era a terra de leite e mel, ou seja, era um oásis em meio a um continente desértico onde faltava quase tudo.Em volta deste mercado chamado GUERRA desenvolvem-se alguns panos de fundo para comover a população de que é necessário lutar por uma causa.No Oriente Médio luta-se em nome de um lar e da religião, para os EUA a Guerra do Golfo (1991) e a Guerra do Iraque (2003) é para o BUSH pai e filho usufruir da imensa quantidade de petróleo nas suas refinarias, e esses mesmos dizem para a massa americana que estas atividades bélicas é para exaltar o país, combater o inimigo do Ocidente e divulgar a democracia para o mundo islâmico.

     O ataque de 11 de setembro de 2001 serve de reflexão a todo o mundo Ocidental, o que as chamadas potências cristãs fizeram nos períodos de Colonialismo e Neocolonialismo, pregaram o evangelho? Ou simplesmente exploraram e exterminaram tribos e civilizações?O ataque as Torres Gêmeas não é justificável, mas explicável, até porque as superpotências nunca estão satisfeitas com seus recursos, é preciso sempre criar um pano de fundo chamado patriotismo para garantir a redistribuição de mercado

     Do lado dos terroristas, homens bombas tornam-se marionetes de magnatas do petróleo com pele e couro de cordeiros da santidade. Hoje vemos a Primavera Árabe como algo novo, uma esperança que ressurge na juventude que de um lado são assediados por grupos terroristas e por outro lado prejudicados pela ocupação das superpotências que apenas exploram o pouco que eles têm.

    Portanto, o objetivo deste artigo é fazer com que a juventude evangélica e não evangélica reflitam sobre estas questões atuais.

O Ministério de Cristo adverte:

Fanatismo causa Cegueira de Espírito

Por Marcelo Alves Lima

         A Bíblia nos ensina uma regra fundamental para quem deseja evangelizar ou mesmo dirigir uma Igreja, encontra-se no livro de Zacarias (Cap 4:6).”Não por força nem violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos.” Podemos pensar, é justo condenarmos os cristãos a uma brutal alienação?Será que ser líder equivale apenas ao ato de submeter as massas aos seus caprichos?Precisamos rever os conceitos de liderança, e muito mais do que isso, rever os conceitos do papel da Igreja.

       O Líder não manda trabalhar, ele trabalha junto, o Líder não aliena, ele ensina e prepara os futuros líderes, assim a Igreja tem como meta : a Salvação das almas, o trabalho social e a formação de seus líderes, o que de fato ocorrera no Ministério de Cristo.

      O Fanático segundo o Dicionário Aurélio:”Que se julga inspirado por uma divindade, que adere cegamente a doutrina ou partido.” Dentro da observação bíblica, temos um argumento sólido para o combate desta doença, o remédio encontra-se no livro de Romanos (Cap 12:1) “Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.O apóstolo Paulo explica que a verdadeira adoração está na prática do Culto Racional, na essência não há espaço para o Fanatismo.Setores sectários do meio evangélico confundem a Santidade com práticas do próprio radicalismo religioso,a própria Bíblia que tanto eles utilizam, quebra os argumentos deles, está escrito no livro de Hebreus (Cap 12:14) “Segui a paz com todos,e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” Se o Fanatismo cega, então não há sustentação doutrinária dos sectários em impor a Intolerância Religiosa no mesmo terreno da Santidade.

     O Fanatismo é um processo violento de usurpação da identidade humana por meio da lavagem cerebral, você é mais um numa enorme massa popular, que trabalha, luta e defende algo em nome de um capricho de seu algoz. Porém há uma preocupação, que se tornou evidente durante toda a história da humanidade, o Terrorismo.No decorrer do artigo apresentamos o Fanatismo limitado apenas no processo doutrinário de suas Igrejas, agora surge o outro lado moeda, a Luta Armada, como resultado de um diagnóstico de cegueira crônica de seus chefes fanáticos. Na Bíblia temos um exemplo muito conhecido, é caso dos Zelotes,ao qual figura-se Jesus Barrabás, um ultranacionalista que de todo jeito desejava varrer o IMPÉRIO ROMANO da face da Terra.Há pouco tempo atrás em 1995, o primeiro-ministro de Israel, foi assassinado pelo Yigal Amir, um militante de extrema-direita que não aceitava as negociações de paz entre israelitas e palestinos.

     Entre os muçulmanos temos milhares de exemplos, um deles destacamos, Osama bin Laden, que através da AL QAEDA (a Base), realizou o maior ataque terrorista do mundo, o famoso 11 de Setembro, em que milhares vidas foram ceifadas no ataque de dois aviões as torres do World Trade Center.Bin Laden pregava pela força o Jihadismo e a implantação do Califado nos países muçulmanos.

     Dentro do Cristianismo, também existiram barbáries, começando pela Igreja Medieval que instituiu as Cruzadas como ferramenta de Conversão a Fé nas regiões do Oriente Médio e  confins, este é um exemplo clássico de Fanatismo, porém não para por aí, o reformador João Calvino, determinou que fossem condenados á fogueira, Jacques Gruet e o espanhol Miguel Servet em 1553.Os casos mais recentes de radicalismo cristão: o Exército Republicano Irlandês (IRA), é um grupo terrorista formada por paramilitares da minoria Católica que luta contra a Inglaterra Protestante desde 1969 e o exemplo de um fato que chocou a Noruega e o mundo nesta semana, o ato Terrorista em Oslo, capital da Noruega. Andres Behring Breivik, foi mentor do ataque terrorista, segundo ele, se diz pertencer a uma nova Ordem dos Templários, que prega o fundamentalismo católico e teria membros de diversos países da Europa, segundo o jornal O ESTADO DE SÃO PAULO (25 de julho de 2011).

     “Portanto se você crente, considera-se um fanático, a Bíblia tem um remédio eficaz para você:” E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” João (Cap 8:32).

Pena de Morte:

Justiça feita ou a Barbárie de Estado?

Por Marcelo Alves Lima

      No livro de Êxodo (Cap 20:13), Deus adverte :”Não matarás”, no entanto o homem pregou e praticou o inverso “matarás”.Os motivos são variados e ideologicamente estabelecidos, vai desde a defesa do patrimônio até em nome da revolução e do fanatismo dos utopistas de plantão.Porém, o que tem preocupado as pessoas, é o fenômeno da Criminalidade, descrita como uma epidemia social em todos os setores da Sociedade aos quais se buscam o sucesso e o luxo por meio da violência e que tem tornado-se pauta para os badalados jornalismos policiais as quais destacamos dois: Cidade Alerta, do repórter José Luiz Datena, da Rede Record e o Brasil Urgente de Luciano Faccioli, da Rede Bandeirante, sem sombras de dúvidas, são os programas com maior número de pontos do IBOPE, aliás, no Brasil, são dois tipos de programas que estouram de audiências: Tragédia jornalística e Erotização humorística. Se algum empresário do ramo de Comunicações resolvesse investir em programações didáticas,com certeza estaria falido, até hoje a TV CULTURA, não faliu, porque se trata de uma TV pública.Como queremos ver o Brasil uma potência? Assistindo estes tipos de programas.

     Ao assistir estas tragédias jornalísticas, o cidadão comum chocado pelas barbaridades, posiciona-se favorável a Pena de Morte, como que ocorreu com caso da Suzane Von Richthofen, que arquitetara a morte dos pais, e os casos de Pedofilia e o infaticídio do casal Nardoni, que tanto mobilizou um exército de jornalistas de várias redes de comunicação, etc.São fatos jornalísticos que levantam debates sobre o papel do poder legislativo e judiciário e que depois do efeito explosivo caem no esquecimento.

    E nós como Igreja, o que devemos fazer diante desta realidade? Fazer parte da maioria em prol da Pena de Morte? Ou seguir o mandamento de Deus, “Não matarás”?Obviamente, que a Igreja defende a vida, mesmo que a vida seja de um marginal.O motivo desta afirmação veemente está atrelado a dois argumentos: um de natureza cristã e outra secular:

    O Argumento Secular: Atualmente, o Brasil pela Constituição de 1988, extinguiu a Pena de Morte, com base no ART: 5º em que estabelece os direitos civis.“ Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito á vida, á liberdade, á igualdade, á segurança, e a propriedade”.Vamos então ler e analisar este artigo, e responda você mesmo, o Brasil tem cumprido a Constituição?Se você meu caro leitor, respondeu “não,” é, evidente que sua resposta reflete a realidade, você tem inteira razão, porém não justificável para pedir a Pena de Morte, mesmo que tal acontecimento tenha comovido toda uma Sociedade.Na prática não somos iguais perante a lei, temos duas classes distintas, a 1ª a Minoria Dominante, que até no Cárcere, existe cela especial para quem tem curso superior, e não para por aí, existe a compra de Sentenças,para agilizar o HABEAS CORPUS, que no passado representava um avanço democrático nos tempos do jurista Rui Barbosa, e que hoje significa impunidade institucional.O caso Pimenta Neves, é o símbolo da impunidade, esperou-se uma década para levar ao Cárcere um réu confesso, 2º a Maioria dominada representada na figura da  mãe desesperada que  furta uma manteiga para alimentar os seus filhos, ainda que não seja justificável, porém explicável, para uma realidade longe das palavras generosas da Constituição.O caso Pimenta Neves, lembra uma frase clássica do jurista Rui Barbosa “Justiça tardia não é justiça, é injustiça manifesta”.Podemos afirmar de fato que o Brasil é um país de leis sem justiça.

    O Brasil sem a Pena de Morte provoca muitas barbáries na mão de policiais e de bandidos na cadeia, como é o caso de uma mãe que fora acusada de alimentar a criança com uma mamadeira de cocaína, logo então o judiciário, o sistema policial e o jornalismo apedrejaram moralmente a mãe e jogaram numa cela rodeada de marginais, o que aconteceu? Ficou surda de um ouvido e cega de um olho, e depois de passar tudo isso, foi inocentada, porque no diagnóstico, percebeu-se que a criança havia recebido um medicamento da mãe por causa dos problemas de saúde, de fato não era cocaína.Eu pergunto a você meu caro leitor: Ainda deseja a Pena de Morte?Pois vivemos uma insegurança jurídica, pessoas sem culpa nenhuma são presos quase toda vida, e culpados de tudo estão soltos a vida inteira.

   Argumento Cristão: Obviamente que este argumento está fundamentado no mandamento em que ele é objetivo: Não matarás, Deus como nosso criador pode dar e tirar a nossa vida.O criador é quem cuida, é ele que faz a intervenção em nossas vidas quando necessário. O homem que mata o próximo está usurpando a soberania do criador.

   Portanto quem defende a Pena de Morte, achando que é a solução dos problemas morais, está equivocado, pois o choque de quem assiste a um fato jornalístico, esconde um pesadelo ainda maior quando temos um Governo matando as pessoas, mesmo que marginais, e dentre os marginais temos inocentes desprovidos de um advogado que possa o defender.Enfim a Igreja tem a obrigação de se posicionar contra a Barbárie de Estado.

Ser ou não Ser um Missionário?

Eis os desafios

Por Marcelo Alves Lima

          Jesus Cristo em suas palavras dizia: “Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda a criatura” Marcos (Cap 16:15).O verbo presente na declaração do mestre está no sentido imperativo, ou seja, constitui uma ordenança para que todos os cristãos espalhem a boa notícia, principalmente nos dias de hoje em que a mídia só tem dado notícias tristes.

        O Ministério de Cristo foi essencialmente missionário, pelo fato de que a região do Oriente Médio, representava um espaço cosmopolita, em que pessoas de várias localidades estavam presentes por conta da dinâmica das grandes potências (Roma e Grécia) nos processos de colonização.Podemos analisar de fato que o Ministério de Cristo atuou com base nas três áreas: Trabalho Social, Divulgação do Evangelho e Formação dos Discípulos.

       O Trabalho Social de Cristo ao qual nos referimos, está exemplificado em uma passagem bíblica em que o Mestre junto com os discípulos tinham apenas cinco pães e dois peixes para uma multidão de quase 5 mil pessoas, e que naquele momento ocorrera um milagre onde todos saciaram a fome Marcos (Cap 6:30,44). Sendo assim temos na história da humanidade, um homem que literalmente conseguiu por meio de sua majestade divina, fazer a maior distribuição de alimentos, um ato revolucionário.Outro exemplo marca o Trabalho Social de Cristo, é a cura dos dez leprosos, encontra-se no livro de Lucas (Cap 17:11,19). Os leprosos para a época, eram marginalisados, não exerciam a cidadania, para os chamados religiosos da época, eles simplesmente não existiam.A cura do mestre foi a oportunidade deles voltarem a vida , saíram do isolamento social para exercerem o protagonismo de um cidadão normal.

      A Divulgação do Evangelho era exercido por Cristo, por meio de parábolas e de  curas divinas, seguia-se um percurso natural da vida missionária.

     A Formação dos Discípulos,foi algo estratégico para Cristo, enfim sua vida na terra duraria muito pouco, e os discípulos teriam que dar continuidade aos trabalhos espirituais de seu Mestre, assim constituindo missionários (enviados).

     Não podemos esquecer do apóstolo Paulo, que além de competente liderança espiritual e administrativa, foi responsável em fazer do Cristianismo, uma religião sólida, pois outrora os cristãos eram conhecidos como membros de uma facção espiritual no contexto do Judaísmo que naquele momento era uma religião em eminência.O apóstolo por meio de um forte trabalho missionário expandiu as boas novas de Cristo, fazendo longas viagens da Europa para Ásia, em cada local fundava uma igreja e ao mesmo tempo não deixava de doutrinar os fiéis por meio das conhecidas epístolas.Do ponto de vista logístico, o apóstolo sentia muitas dificuldades no acesso a outros países, eram viagens cansativas, todo esse esforço foi com base no desejo de ver as almas serem salvas o quanto antes, mesmo preso por diversas vezes, não intimidou-se, porque o significado de ser cristão era entre outras atividades espirituais, a morte em nome da fé.

    A Europa no passado era um celeiro de missionários,entre os recordistas estavam os ingleses, que com a cara e coragem, os jovens largavam tudo para pregar o evangelho na Índia e outros países que para a própria Europa eram desconhecidos.Infelizmente com o passar do tempo, o Racionalismo e o Materialismo tomaram conta do continente, espalhando o Ateísmo e a Descrença.

      Os Estados Unidos foi a sucessora da Europa na condição de celeiro dos missionários, um exemplo é o caso da Rua Azusa do Missionário William Seymour em que se testemunhou o maior avivamento da história evangélica no ano de 1906.

     Hoje os Estados Unidos e a Europa estão nas sombras da crise espiritual, social e política, de um lado uma nação americana convivendo com o desemprego e com o medo do terrorismo internacional, de outro lado a Europa mergulhada numa convulsão social por conta das crises econômicas, como é o caso da Grécia, onde seu PIB é menor em relação à Dívida externa com o FMI.

     Portanto o Brasil tem a chance de atuar como celeiro , para isso precisamos ter em mente a responsabilidade de enviar e manter o missionário.Volta-se a questão: Ser ou não ser um Missionário? Eis os desafios.

Reflitam: postem os seus comentários.

O DIAGNÓSTICO: Criminalidade,

O REMÉDIO :Uma boa dose de Salvação.

 Por Marcelo Alves Lima

        Com base no artigo anterior “Corrupção, Individualismo e Demagogia, Sintomas de uma Sociedade Doente”, tínhamos apenas sintomas, agora neste caso temos o diagnóstico, que de fato não é novidade para nenhum cidadão, pois o que provoca todo esse processo de violência, são exatamente estes sintomas.Vamos deixar bem claro para você, meu caro leitor, a violência não é justificável, mas explicável, também não é um fruto da doutrina determinista como acreditava o físico francês Pierre-Simon Laplace em “Theorie analytique dês probilités”, ou seja, se o pai era bêbado, o filho inevitavelmente será, esta era o pensamento dominante de séculos atrás.Todos nós sabemos que na ótica sociológica, a dinâmica social tem demonstrado o contrário, pelo fato de que homens de famílias humildes tem se tornado grandes empreendedores e também porque a  classe C tem moldado de tal maneira o perfil da sociedade, que agora não vemos mais aquele triste triangulo social, pois setores de classe D e E estão subindo para a classe C, esta é uma realidade que contradiz os defensores do Determinismo.Além das análises sociológicas, não podemos deixar de destacar o fato de que o evangelho transforma vidas, Cristo pega o mais vil pecador fazendo dele uma liderança espiritual exemplar,  pois está escrito no livro de  Lucas (Cap 5:31) “Não necessitam de médico os que estão sãos, mas sim, os que estão enfermos.” De fato esta passagem bíblica, quebra os grilhões deste pensamento ultrapassado.

       É evidente que os maus exemplos influenciam toda uma coletividade,como é o caso da corrupção, que não deixa de ser uma espécie de violência institucional.A conduta imoral dos pais são usadas pelos filhos como justificativas de seus próprios erros, sendo enfim uma escolha, e não uma determinação social, os mesmos poderiam agir dando bons exemplos.

      A Criminalidade representa total ausência de políticas públicas  e de princípios. Na Bíblia há um versículo bem realista “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno”.I João  (Cap 5:19) . A concepção de mundo citado no versículo refere-se ao sistema embasado na Mentira, o próprio Diabo é o pai da mentira, a mentira é a ideologia da própria prática criminosa.

     No Brasil vivemos uma Guerra Civil não declarada sem a necessidade de motivo algum, quadrilhas são formadas, independentes de classes sociais, são verdadeiras empresas que lucram a custa das desgraças dos outros.A Corrupção através da classe do Colarinho Branco abastece o Tráfico de Drogas e a Pirataria, que por sua vez alimenta a violência nas periferias de São Paulo e os morros do Rio de Janeiro.

     Portanto, a Igreja precisa estar atenta a tudo isso, até porque Cristo sendo médico, não escolhe pacientes, ele cura a todos. A Igreja tem um projeto missionário, as missões começam nos Brasis desconhecidos e marginalizados.É evidente que o Governo precisa combater a violência com investimentos nas áreas sociais.É difícil dizer se a Sociedade combate ou não a violência, porque a mesma lucra, através de empresas de segurança e na boa vida apoiadas no Colarinho Branco.

Papai e Mamãe estão brigando!

Por Ademir e Márcia

http://familiaraizesefrutos.blogspot.com/

Conta-se a história de um psicólogo que ainda  jovem fez especialização em comportamento infantil. Com muita autoridade no assunto deu uma palestra a pais, na qual falou sobre “Dez REGRAS para criar filhos”. Os anos se passaram e quando ele se tornou pai, mudou o título da palestra para “Dez SUGESTÕES para criar filhos”. Conforme os filhos chegaram à adolescência, ele já tinha mudado novamente o título para “Dez PERGUNTAS acerca de criar filhos”.

          No presente artigo falaremos sobre como crian­ças com quadro de irritabilidade, desatenção, agressividade ou comportamento de hiperatividade podem estar envolvidas nas tensões entre os pais.

          É importante assinalar que os obstáculos não superados, no início do casamento, podem sobrecarregá-lo com as dificuldades do casal em também se tornar pai e mãe. Casais imaturos não toleram as necessidades do filho, uma vez que precisam primeiramente resolver as próprias demandas. Cada um exige do outro uma atenção maior e o filho é percebido como um rival que quer privilégios e exclusividade. Em situações assim não existem recursos afetivos para cuidar de um terceiro: o filho. Esses pais provavelmente não usufruíram os cuidados de seus próprios pais. Casal desse perfil terá dificuldade tanto para suprir as carências um do outro quanto se doar de modo saudável ao filho.

          Quando o casal está distante um do outro, não é incomum que um dos dois, geralmente a mãe, se apegue à criança, excluindo o marido. Quanto menos receber afeto dele, mais ela precisará receber do filho e quanto mais envolvida com este, menos tempo e energia terá para o marido, criando um círculo repetitivo. É comum o marido brigar com o filho como um modo de agredir à esposa. Inconscientemente, a criança que ama a ambos pode adoecer ou ter um comportamento que faça os pais interromperem as discussões. Ao desviar seus conflitos para o comportamento do filho, os pais dão uma pausa no conflito conjugal, embora o custo para a criança ou adolescente possa ser grande. Se  este é o caso e os pais querem ajudar ao filho, uma sugestão é iniciar uma terapia de casal, visando fortalecer os vínculos conjugais.

          Sei que é difícil compreender porque os pais também precisam ser tratados se as dificuldades estão no filho, porém a relação entre o casal é anterior à relação com o filho, por isso prioritária. Se o casal está bem, ampliam-se as possibilidades, podendo marido e esposa cuidarem melhor de si, um do outro e do próprio filho.

Pb. Ademir T. de FreitasPsicólogo (CRP 06/90.535)

Corrupção, Individualismo e Demagogia

Sintomas de uma Sociedade Doente

 Por Marcelo Alves Lima

            Ao ler este artigo, o leitor deve pensar: “Parece-me estranho um escritor evangélico colocar um tema desta natureza, aonde quer chegar?” Meu caro leitor, não se preocupe com este peculiar tema, pois são estes três elementos que de fato tem contaminado o verdadeiro espírito cristão, a busca por títulos e status tem sido frequentes ao ponto de gerar escândalos midiáticos. A busca pelo sucesso profissional e espiritual na essência não é pecado, mas da maneira de como é conquistada constitui um pecado sério, como por exemplo, a trilha do caminho da Corrupção, este será o primeiro sintoma a ser analisado:

      Corrupção: na definição do Dicionário Aurélio, ”Ato ou efeito de corromper, decomposição, devassidão, depravação, suborno etc.” A própria definição do dicionário denunciou a dimensão da doença de um paciente, a “decomposição”, dentro de um diagnóstico médico um corpo neste estado já mostra o fim de uma vida, assim podemos afirmar que uma Sociedade corrupta está condenada á morte espiritual. Na Bíblia Sagrada temos um episódio muito conhecido: No livro de I Reis (Cap 12:1 a 14:31) nos revela a Divisão dos Hebreus por meio da existência de dois reinos, do Sul, chamado Judá, com capital em Jerusalém e o  do Norte, chamado de Israel, com capital em Samaria, tudo, tudo isso aconteceu por causa da Corrupção, que envolvia desde Idolatria até Autoritarismo por parte do rei Roboão.Desde a época de Salomão o povo fora chicoteado com cobranças de impostos, no reinado de Roboão piorou ainda mais a situação com o uso de escorpiões dos impostos, assim criando uma brutal concentração de capital primitivo, produzindo misérias em volta de seu palácio, o rei tinha poderes se quisesse, de confiscar terras, esposas, filhas e bens materiais, estava instalada naquele momento uma revolta popular provocando a Divisão dos dois Reinos, porque um regime corrupto diante de Deus não sustentava-se, e sempre numa crise como estas, quem sofre é a população de uma maneira geral.No livro de Matheus (Cap 12:25) apenas confirma o que ocorreu com o povo hebreu:”Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado”, ou seja, ambos os reinos de Judá e Israel foram conquistados e sua população levados em cativo.Hoje assistimos , mercenários  transformando as igrejas em extensões de suas propriedades, criando uma espécie de patrimonialismo e na prática uma espécie de nepotismo de cargos. Na origem histórica o Movimento Protestante lutou contra a corrupção e o nepotismo da Igreja Medieval, porém algumas denominações que se dizem evangélicas estão modernizando o atraso, criando várias placas de proibições, ordenando em alguns momentos o apedrejamento moral para aqueles  que não andarem na linha, assim  condenando os fiéis ao anacronismo religioso.É evidente que o pastor que anda segundo os mandamentos de Deus, merece ser respeitado como o Anjo da Igreja, pois fora vocacionado  a cuidar das ovelhas.

          Individualismo: A busca pelo sucesso é uma prática natural do ser humano, mas o perigo encontra-se no Egoísmo e na quebra de braços por tentar status a todo custo. A Crise Econômica de 2008, mostrou a perversidade do individualismo aplicado a toda coletividade mundial, revelando que uma parcela de especuladores manipularam toda engenharia financeira dos bancos concedendo empréstimos para compras de residências, sem a responsabilidade de adotar critérios da chamada Gestão de Riscos, como conseqüência gerou uma enorme bolha imobiliária que depois estourou produzindo desempregos nos EUA e em toda Europa, tudo por conta da irresponsabilidade do individualismo mesquinho dos especuladores que desejam lucro fácil. Precisamos nos aproximar do verdadeiro sentido de ser cristão, cultivar a hospitalidade, a solidariedade e a igualdade das quais Cristo defendia em suas parábolas, não podemos matar nossos irmãos por causa de cargos ou mesmo por causa de seu egoísmo.

 Demagogia: Segundo o Dicionário Aurélio “Dominação ou predomínio das facções populares, processo político para captar paixões populares.” Ditadores e mercenários utilizam muito bem esta ferramenta para tentar legitimar o seu poder, estabelecendo um forte aparelhamento ideológico para criar paixões entre as massas. No livro de Matheus (Cap 12:34) Jesus Cristo exorta: “Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca.” Cristo era odiado pelos Fariseus por combater a Demagogia, assim desconstruindo todo aquele jugo pesado imposto a população miserável, já não bastasse o peso do Império Romano.Em suas palavras, o Cristo oferecia aos marginalizados:” Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração;e acharei descanso para a vossa alma.”Matheus (Cap 11:28-30)

Portanto ficamos com os ensinamentos de Cristo, quando lá na cruz ele demonstrou o amor para toda a humanidade, trazendo uma mensagem anti-individualista, precisamos buscar nossas verdadeiras origens, elas encontram-se na Bíblia Sagrada e ao mesmo tempo combater a corrupção e a Demagogia com a mesma coragem e determinação ao qual Cristo enfrentou.

José

Sonhos e Desafios de um Líder

Por Marcelo Alves Lima

       Segundo a Bíblia, Jacó era pai de doze filhos, sendo Rubem o primogênito e Benjamim o derradeiro. No entanto, o artigo quer se debruçar no legado de José, o penúltimo entre os doze e irmão de Benjamim, ambos os filhos de Jacó com Raquel.

       Dentro de um contexto político-religioso temos a figura de Abraaão como o primeiro patriarca do povo hebreu, em seguida seu filho de nome Isaac, tornou-se o segundo patriarca, assim nascendo Jacó e Esaú.Segundo a tradição bíblica, o primogênito Esaú seria o terceiro patriarca, porém, vencido pela vontade de saborear um prato de guisado vermelho, Esaú abdica-se do direito de ser o próximo governante de uma clã, segundo o livro de Gênesis (Cap 25 : 32).

    José era o filho querido de Jacó, tinha uma túnica diferenciada das dos irmãos e ao mesmo tempo delatava os erros de ambos.José teve dois sonhos, o primeiro refere-se ao molho de José que de fato recebia inclinações por parte de outros molhos de seus irmãos e o segundo sonho mostrava a lua e as estrelas inclinando-se a José.Todas estas questões relacionadas aos sonhos e ao tratamento diferenciado de Jacó para com o mesmo suscitou muitas iras principalmente por parte do primogênito Rubem.Está instalado o primeiro dos muitos desafios de José, porque dentro da lógica social teríamos a figura de Rubem sendo o quarto patriarca, mas Deus não está preso ao processo histórico protagonizado pelo ser humano, pois ele mesmo é o senhor da História.Deus como onisciente sabia que no futuro alguém competente podia salvar a humanidade de uma catástrofe, e Rubem não era a pessoa indicada para esta tarefa, mesmo que pela tradição judaica ele tivesse o direito governar o seu povo.José em seu primeiro desafio, aparentemente, fora derrotado pelo seu irmão mais velho, Rubem pensara que o fato de José ter sido vendido como escravo para o Egito, teria resolvido o problema de sucessão.

   Desde o início José sempre destacava-se como líder, mesmo na condição de escravo, Potifar viu na pessoa dele, não uma simples propriedade, mas um jovem sábio que fazia questão de mostrar sua identidade como servo de Deus.Enfim saiu da condição de simples escravo, para administrador da Casa de Potifar, porém não cessaram os desafios, a mulher de seu chefe tentou ferir a integridade moral de um jovem de dezessete anos,mas as convicções de José quanto ao seu papel de líder prevaleceu, mesmo assim o Cárcere tornou-se o próximo desafio. No cárcere José continuou tendo uma postura de líder ao ponto de se destacar nos sonhos divinos e que logo depois foram parar nos ouvidos de Faraó, através de um copeiro-mor. O soberano havia tido alguns sonhos que o assustaram, uma delas destacamos:” Eram sete vacas magras e sete vacas gordas, as sete vacas magras comiam as sete vacas gordas e continuavam magras e feias” Gênesis (Cap 41:19) . José então saiu da prisão e Faraó disse-lhe o sonho, e depois disso, José dotado da sabedoria de Deus interpretou o sonho assim advertindo ao soberano, os sete anos de abundância e os sete anos de carestia, o rei então reconhecendo a sabedoria do mesmo nomeou-o Governador do Egito.

   No início do artigo, havíamos dito que Deus não está preso ao processo histórico, enfim, José representou o líder de uma potência mundial que de maneira competente conseguiu controlar a inflação do Egito e com estas atitudes evitou-se uma grande catástrofe mundial chamada fome.

    Nós como juventude cristã precisamos entender o que realmente representou o legado de José, um jovem que aos dezessete anos tinha um objetivo: fazer a diferença em meio ao caos, até hoje, estudiosos de Economia concordam que  José foi o primeiro governante a fazer o controle da inflação e o primeiro estrangeiro a ter feito história em uma potência mundial.

   Portanto, nós jovens temos a responsabilidade de atuarmos na Vanguarda por aqueles que necessitam das Boas Novas do Evangelho.

Ateísmo, uma nova forma de Religião?

Quem são os objetos de culto desta nova Religião?

Por Marcelo Alves Lima

      Quando um jovem entra no mundo do conhecimento, seja na universidade ou em bibliotecas, naturalmente o mesmo começa a maravilhar-se das descobertas científicas e filosóficas, no entanto a busca pelo conhecimento são faces da mesma moeda, ou seja, dependendo das estruturas espirituais e de personalidades de cada um, podemos assim produzir cidadãos conscientes de seu papel no mundo, como também fanáticos que em nome de suas idéias impõem suas vontades. Por outro lado também, temos uma grande massa de pessoas leigas que por conta das condições de vida que levaram, não puderam ter acesso ao conhecimento, ou por causa de situações financeiras ou mesmo por motivos do tradicionalismo familiar, porém, não deixam de ser professores formados pela escola da vida, até porque as experiências humanas nos centros acadêmicos são expressos nos debates, embasados em teorias intermináveis.Obviamente que o trabalho acadêmico tem a sua importância no processo de descobertas científicas, mas não podemos deixar de ouvir a voz da massa leiga nas suas ações empíricas do dia a dia.

    O livro de Salmos (Cap 53: 1) nos revela a seguinte declaração: ”Disse o néscio em seu coração: Não há Deus. Tem se corrompido, e tem cometido abominável iniqüidade; não há ninguém que faça o bem.”Como então  a prática ateísta poderá ser uma atitude religiosa? Existe uma frase muito conhecida “Sou ateu graças a Deus”, até mesmo no momento de se tentar teorizar a inexistência de Deus, a criatura agradece ao criador pelo direito de não acreditá-lo. Porém existem outras questões a serem analisadas, é possível um ateu se tornar um idólotra?, Mas ele mesmo não acredita em Deus.

   O princípio do Ateísmo busca uma justificativa perigosa que chamamos auto suficiência humana, ou Egolatria.O livro de Jeremias (Cap 17:5) nos fala:”Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem”.Pela hermenêutica bíblica podemos pensar que o próprio homem confia nele próprio.Portanto podemos dizer que o ateu faz adoração egocêntrica, mas  para que ele sinta-se seguro de seu processo ególatra, o protagonista de si mesmo precisa ter uma base de poder : os bens materiais.Esta afirmação confirma-se no livro de Salmos (Cap 20:7) “Uns confiam em carros e outros em cavalos,mas nós faremos menção do nome do senhor.

    A humanidade em todos os processos históricos tem assistido a existência de verdadeiros Estados Egolátricos, dentre esses, temos a União Soviética, cuja população era formada por ateus convictos, mas, viviam em uma contradição, os chamados sem religião professavam uma religião, o Culto a Personalidade, cujo objeto de adoração era o ateu e egocêntrico Iosef Stálin. Sendo assim o Stalinismo passou a ser uma religião dos sem religião.

    Portanto, os ateus nos seus inúmeros questionamentos constantes se perdem a todo o momento em seus caminhos que eles mesmos criaram e terminam por viverem toda sua vida nas Crises Existenciais, obviamente que a busca pelo conhecimento é algo saudável do ser humano, mas o perigo está no fato do desejo do conhecimento ser na essência uma moeda de duas faces, depende de quem vai escolher.Vamos ficar com o Salmo (Cap 9:10) “O temor ao Senhor é o princípio da sabedoria, e a ciência do Santo a prudência”.

Encontros e Desencontros:

Do sonho homossexual a realidade heteronormativa

Por Marcelo Alves Lima

A questão da Homossexualidade tem sido aparentemente um tema pós moderno, ao mesmo tempo uma prática de tempos remotos. No livro de Gênesis temos no Capítulo 19 e Versículo 24 a destruição de duas Cidades, Sodoma e Gomorra, símbolo em que a liberdade é confundida com libertinagem e neste espaço tínhamos homossexuais atuantes. A situação de Sodoma e Gomorra era tão caótica que no Capítulo 19 do mesmo livro, nos revela que dois anjos precisavam cegar tais varões para evitar que atos libidinosos fossem praticados contra os mesmos. O caos é a própria expressão da prática libertina.

  No livro de Romanos, Capítulo 1 e Versículo 27, o apóstolo Paulo adverte os cristãos sobre o perigo da vulgaridade sexual, no versículo o líder da Igreja exorta sobre a prática homossexual “E semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher se inflamaram em sua sensualidade uns para os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro” (Rm Cap: 1 Vers;27).No meio desta citação epistolar destacamos a expressão “se inflamaram em sua sensualidade uns para os outros...”.Sabemos que a inflamação na visão médica nos dá sinal vermelho em relação ao estado clínico, provocado por uma enfermidade, sendo assim o médico conhecedor dos processos terapêuticos de cura, estabiliza nosso sistema clínico.Nós podemos aplicar o exemplo médico a vida espiritual da humanidade no tocante as questões éticas e morais,como por exemplo, o conceito de Sexo.

  O Sexo é uma criação do próprio Deus, com um objetivo claro: Instituir e fortalecer a Família. No entanto, Lúcifer, criatura de Deus, sente inveja do Todo-Poderoso e tenta com alguns anjos dá um Golpe de Estado e por conseqüência da atitude, é expulso do Céu e passa a se tornar, o Satã, especialista em deturpar e copiar algo criado por Deus, dentre eles o Sexo. Enquanto a prática heterossexual é a essência do milagre de Deus sobre a Humanidade, a homossexualidade passa a ser um processo inflamatório de desconstrução familiar com base na essência da deturpação humana.

  O fato é que as Sociedades do passado não souberam lidar com estas questões, algumas foram omissas, outras intolerantes ao ponto de determinar um Genocídio em nome da Moral Ariana (NAZISMO) ou em nome de uma suposta Teocracia Medieval. Observamos então dois exemplos radicais, o de Sodoma e Gomorra, sendo coniventes com o pecado e do outro lado dois regimes que trilharam pelo caminho da intolerância. Atualmente o que nos preocupa no Brasil é a suposta tentativa do Movimento GLBT (GAYS, LÉSBICAS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS) de politizar e em seguida legitimar estas inflamadas práticas libidinosas, tentando se  impor para a maioria dos heterossexuais com base no projeto de lei do Congresso Nacional o APARTHEID.Na prática teríamos um regime político em que a minoria homossexual dirigiria a maioria dos heterossexuais, uma espécie de Ditadura do Sexo Explícito.As principais emissoras de TV já estão inflamados pela ideologia da GLBT , os negócios já dedicaram-se a adotar a homossexualidade como nicho de mercado, enfim o que faltam a eles é poder governamental, assim como outros movimentos sociais desejam.

  Portanto a Homossexualidade vive o sonho de governar o Sistema em meio a uma realidade heteronormativa, e graças a Deus a bancada parlamentar evangélica evitou que a inflamação moral atingisse os espaços de poder.

Conjecturas Apocalípticas para os dias de hoje

Por Marcelo Alves Lima

   Observando todo o processo historiográfico da humanidade, podemos afirmar que o mundo passou por vários momentos apocalípticos, no entanto não ocorreu o principal acontecimento: a vinda de Cristo, porém é evidente de que os sinais de dores estão acontecendo há um bom tempo com base nas escrituras do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos capítulo 13 versículo 5 em diante, em que Cristo explica que muitos aparecerão em meu nome, ocorrerão guerras, pai matando filho e vice-versa etc.Todos esses episódios estão sendo capas de revistas e manchetes de grandes jornais.

  O fim do Império Romano foi um momento apocalíptico para aquela geração de cristãos, pois ninguém imaginava um mundo sem o poderio dos romanos que duravam 1000 anos de existência, e a sua queda foi trágica baseada em uma carnificina proveniente dos bárbaros no momento da invasão a Roma. É daí que surge a expressão barbárie como algo ligado a crime de lesa humanidade. Temos evidentemente outro exemplo apocalíptico, o Nazismo e o terror da Cortina de Ferro do Stalinismo, ambas as ideologias dirigidas por homens que tiveram suas vidas desequilibradas na infância e juventude segundo pesquisas biográficas e psiquiátricas, autores da barbárie moderna.

  O objetivo do texto é alertar os cristãos para um assunto tão atual que infelizmente a Igreja não tem abordado nas pregações, enfim este é o espaço para discutir.Evidentemente é um tema complexo e que demanda mais discussão, porém prefiro fazer uma simulação de como seria o fenômeno da vinda de Cristo somado a Grande Tribulação:

Simulação da Vinda de Cristo e a Grande Tribulação:

  A vinda de Cristo gerará uma grande tragédia para quem ficará no mundo. O cenário de terror se dará no medo de seqüestros em massa em vários países ao mesmo tempo, assim gerando mais caos, cada país decretará estado de sítio para caçar pessoas que eventualmente estejam ligados a uma suposta ligação com os seqüestros. Porém com o tempo autoridades vão percebendo que se trata de um fenômeno espiritual. Enquanto isso a Organização das Nações Unidas inicia as eleições para o próximo secretário geral e dentre os candidatos está um judeu hiper graduado em várias formações científicas e humanas e dotado de uma oratória que hipnotiza seus ouvintes. Eleito, ele traz uma mensagem de esperança de uma Nova Ordem Mundial e transforma a ONU numa ferramenta de poder ilimitado em que será responsável pelo abastecimento de alimentos, energia e armamento militar. De fato será uma instituição onipotente que policiará as opiniões de cada ser humano e controlará cada passo, será uma espécie de Nazismo ou Stalinismo ampliado para todos os países fantoches. A tendência é que o Anti-Cristo seja um judeu para que a comunidade israelita veja no Líder um messias de fato porque pela tradição judaica os israelitas até hoje esperam o Messias. A questão fundamental é que esse suposto Líder eleito como secretário da ONU venha a enganar o povo judeu e inicie uma perseguição que adiante se tornará na Guerra do Amargedon. Obviamente que esta é uma simulação com o intuito de exemplificar algo que se tornará um fato real. Portanto o papel da Igreja é cada vez mais priorizar na EBD e nas pregações o tema da escatologia.

 

A Mídia

Informa, Forma ou Deforma?

Por Marcelo Alves Lima

  Historicamente, as ações políticas, sociais, culturais, e religiosas sempre foram submetidos ao processo de Comunicação, em que uma determinada minoria dominante determinava o presente e o futuro da maioria dominada. Até os dias de hoje esta ferramenta é usada para o bem e para o mal da humanidade, depende muito de quem a utiliza e para quais propósitos.

  O objetivo do artigo não está no ato de se tentar estigmatizar a Televisão ou mesmo a Internet, pelo contrário, a razão pelo qual este texto está posicionado no blog da AJOVEP, é para permitir que haja um espaço de reflexão e debate dentro da Juventude Evangélica, porque a todo instante somos bombardeados pelo mundanismo devastador. A Mídia em si não é problema, mas preocupa quando estão em mãos de uma parcela da Sociedade com intenções inescrupulosas, sendo assim precisamos nos prepararmos para as demandas como Igreja do Senhor.

  A Mídia como parte da complexidade humana, vive também seus dilemas constantes, pois o que está em jogo é o poder de um determinado grupo. A manutenção do poder não necessariamente refere-se ao respeito de princípios morais e éticos, porque é evidente que a Sociedade Pós-moderna observa estas questões como secundárias, pois o que importa para eles é o IBOPE, mesmo que tais programas televisivos adotem a mentira, a violência e a pornografia para a garantia de sucesso nacional.

  Vivemos uma epidemia nacional, ao qual chamamos de Mentira Institucionalizada. Existe solução?De fato existe, a solução chama-se Jesus Cristo, ele é o bálsamo para aqueles que se sentem machucados pelas decepções produzidas pela mentira, ele é a liberdade a todo ser humano que deseja ser liberto dos grilhões do engano e a esperança daqueles que realmente desejam uma eternidade sem que hajam dominadores e dominados, algo que Karl Marx não conseguiria fazer em seu país, com Cristo é possível no Céu.

  A humanidade clama por justiça, clama por valores, enfim clama por verdade, mas ao mesmo tempo questionam: O que é a Verdade?Inclusive Pôncio Pilatos detentor da suposta verdade imposta pelos Césares de Roma faz esta mesma pergunta a Cristo. Mostra-se claramente que os detentores da suposta verdade muitas vezes perdem-se em seus dilemas constantes, porque a maior ameaça que poderão sofrer é que a massa dos dominados abram os olhos e vejam nos seus dominadores como pessoas deformadas. Um exemplo claro é o caso da classe política e religiosa de Escribas e Fariseus em que procuravam de todas as maneiras levar Cristo a julgamento por crimes que nunca cometera, porque o mesmo buscava trazer a massa marginalizada a Verdade vinda de Deus por intermédio dele, inevitavelmente em seus sermões o próprio Cristo mostrava as deformidades dos fariseus.

  Portanto respondendo a própria indagação do texto, a Mídia informa, porém dependendo de quem dirija esta poderosa ferramenta, a mesma pode formar seres humanos em cidadãos éticos, como também deformar transformando seres humanos em monstros da violência e da imoralidade. Infelizmente o IBOPE tem se voltado mais para as grandes mentiras e deformidades da Mídia, sendo assim a Igreja precisa utilizar esta ferramenta para libertar a humanidade da maldade humana.

Cara ou Coroa?

As faces do dilema humano

 Por Marcelo Alves Lima

  A humanidade durante séculos tem lutado em prol do sentido de sua existência, no entanto, muitas teorias têm sido criadas e ao mesmo tempo conflitadas, pois a essência humana inspira complexidade. Toda complexidade demanda desafios e todo desafio demanda coragem em falar a Verdade.

  A verdade nos parece ser a chave de toda essa equação, mas ao mesmo tempo estamos diante de  questionamentos: O que é a Verdade? Para onde nos levará a Verdade?Existem de fato mais de uma Verdade?Qual das verdades é a verdadeira?Nós jovens buscamos respostas para tudo, porém há muito mais perguntas do que respostas e isso tem decepcionado gerações inteiras ao ponto de nos relembrarmos de um fato literário em que a figura de Lord Byron representava a idéia do Mal do Século refletindo a crise da juventude do século XIX.

  Nós como cristãos temos como desafio proclamar as Boas Novas, assim cumprindo o Ide de Cristo. O filósofo Nietzsche em sua época dizia que a Sociedade estava doente, pois perdera o sentido do ser existente, perdera valores embasados na Verdade defendida por Cristo.

  Sócrates tentou de fato praticar a maiêutica (o parto das idéias saídas de seus discípulos) tentando propor um sentido para a vida dos atenienses, enfim aos olhos do Governo houve um ato de subversão e Sócrates pagou com a vida, fazendo um paralelo com Cristo, Sócrates apenas poderia oferecer o prazer de questionar, mas Cristo oferece muito mais do que o prazer de questionar, ele oferece o Caminho a Verdade e a Vida, ou seja, Cristo promete a Humanidade o verdadeiro sentido da vida.

  Um pensador indiano por nome Osho dizia que a Verdade dos outros sempre o sobrecarregava e ainda falava que sua busca pela verdade dele era constante, mais adiante, temos Cristo em seus ensinamentos dizendo que meu fardo é leve e meu jugo é suave, se realmente Osho tivesse dado ouvidos a voz de Jesus a busca pela verdade havia-o terminado. A própria Bíblia aponta que a Humanidade perece por falta de conhecimento,não o secular, e sim o espiritual resumindo-se no temor a Deus.

 A Bíblia nos afirma que nós jovens somos fortes, para quê?Para fazer a diferença em um contexto de crises existenciais do homem, da pós modernidade que impõe o relativismo de pensamento em que Cristo representa um mero ópio para os povos. Nós Igreja devemos nos preparar para estas demandas.

 Quando a Bíblia nos afirma que o Mundo jás no Maligno, a hermenêutica aponta o Mundo como sendo o Sistema capacitado a manipular e deformar a imagem e semelhança de Deus. O Inimigo de nossas almas tem como especialidade imitar algo já existente, a Verdade é uma delas, como por exemplo: A Mentira tem sido o elemento de imitação expressos na Mídia em busca de transformar sentimentos humanos em mercadorias provocando síndromes do consumismo compulsivo, etc. A humanidade vive até hoje a Mentira Institucionalizada, lembrando nesta reflexão as frases de um Ministro Nazista: A mentira contada várias vezes se torna verdade, os dirigentes alemães estavam cientes de que o Holocausto foi uma tentativa de destruir o legado de um povo pertencente ao Deus verdadeiro.

  Portanto, a única maneira da Humanidade adentrar ao sentido de sua existência é trilhar o Caminho que oferece a Verdade e a Vida expressos na pessoa de Jesus Cristo, o consumador da nossa fé.

O Barroco sobre as chamas do Santo Ofício

 Por Marcelo Alves Lima

Historicamente o fortalecimento da Inquisição concentrou-se na região Ibérica representados pela Espanha e Portugal.Podemos então definir a Inquisição como sendo uma estrutura de poder totalitário em que por meio do aparelhamento político-ideológico tinha prerrogativas para policiar as opiniões de um determinado cidadão suspeito.De acordo com o artigo proveniente do Núcleo de Estudos Inquisitoriais (NEI) do Departamento de Ciências Humanas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) sob a organização das autoras Célia Cristina da Silva Tavares e Daniela Buono Calainho, aponta que a Inquisição possuía uma estrutura organizacional demonstrando ser uma rede de funcionários públicos que em nome da fé, iniciava-se um processo de carnificina em que cheiros dos corpos queimados eram comuns na Sociedade Portuguesa.

A Inquisição representava a onipotência do poder estabelecido de uma sociedade condenada ao atraso político, social e cultural, enquanto que em outras sociedades européias o avanço moderno da política e da cultura científica eram evidentes onde o protestantismo dominava.O próprio Barroco era uma expressão artística que trazia como mensagem os dois lados do pensamento humano: o sagrado e o profano, o bem e o mal etc., sendo então que a própria Inquisição estabelecia um clima de maniqueísmo em que o órgão perseguia todo aquele que ousasse a ter idéias contrárias ao sistema.

  Segundo o artigo de Davi da Silva Oliveira, mestre em Literatura e Crítica literária, a obra Memorial do Convento de José Saramago revela o século XVIII português,como sendo um século iluminado pelos autos-de-fé e que de fato a obra inicia e finaliza com os autos-de-fé, enfim temos uma releitura do passado lusitano em que em vez de destacar as glórias da velha Portugal,pelo contrário revelava-se a miséria total.

  Na obra de Saramago temos a figura de D João V como sendo rei megalomaníaco de forte personalidade que de é a imagem e semelhança do próprio Estado Absoluto, o que de uma certa maneira explica a grande construção do Convento de Mafra como símbolo de imponência e onipotência.

  Na obra em si observamos um pouco do papel da mulher no contexto literário e histórico de Portugal,por exemplo temos a Sebastiana Maria de Jesus como sendo uma figura acusada de feiticeira e cristã-nova e que ao mesmo tinha uma filha de 19 anos por nome de Blimunda possuidora de poderes sobrenaturais marcada também por uma personalidade forte.

  Pelo contexto geral, as mulheres que na época destacavam-se como pessoas inteligente que sabiam ler e escrever e que ao mesmo tempo realizavam remédios caseiros eram queimadas vivas com base numa mentalidade arcaica expressas em algumas justificativas segundo a análise de dois autores: Kramer e Spencer (2007,p.115-120) as quais apontam as mulheres como propensas a maior credulidade para a bruxaria, possuem língua traiçoeira, pois não se contém de relatar para suas amigas o conteúdo da aprendizagem sobre o Mal, entregam-se aos atos de bruxaria.

 A Inquisição sempre olhou nas mulheres um elemento de perigo para a moralidade da sociedade, por isso ocorreram perseguições sistemáticas.O Barroco reflete muito o clima dos opostos mal/bem, sagrado/profano e claro/escuro.

 O Convento de Mafra é a síntese da temática referente ao papel da religião sobre o Estado, pois é a expressão de esplendor e poder proveniente de um rei ambicioso.

  Um outro destaque importante na obra de José Saramago é a figura do padre Bartolomeu de Gusmão, símbolo das aspirações científicas que batalhou por tentar fazer várias invenções dentre elas a máquina de voar e que de fato D João V interessou-se ao ponto de proteger o padre inventor.Ao analisar o contexto geral, temos a ciência sendo discutida em uma sociedade radicalmente teocratizada pela Inquisição,pois a própria Igreja responsável pelo policiamento das opiniões controlava o saber científico, inevitavelmente que com o fim da proteção do rei sobre o padre Bartolomeu,o mesmo foi perseguido pelo Santo Ofício,temos então os dois opostos, de um lado a ciência como a idéia do avanço em prol da sociedade e de outro a religião como um elemento do atraso do saber.

 Temos então um pouco do pensamento de José Saramago como um crítico ácido do Catolicismo que por muitos anos prejudicou a modernidade portuguesa devido ao peso do regime monárquico e da Igreja representando um setor da sociedade como sendo parasitarias.Como todo um bom marxista Saramago tem destacado em sua obra literária o protagonismo não de um só personagem, mas o protagonismo da massa explorada em que o Convento de Mafra foi conseqüência deste processo.A intenção do escritor não é mostrar os esplendores da construção em si,mas a miséria e o sofrimento causado pela construção.

 Com base nesta análise temos inevitavelmente um pouco do que representa a visão de mundo do escritor José Saramago conhecido por seu forte ateísmo de convicções comunistas.Esta releitura mostra o papel da Inquisição como sendo um instrumento de atraso político e social de Portugal ao qual a própria obra de Saramago conta a história de Portugal partindo da própria classe explorada pelo poder estabelecido.